As gêmeas viajam: Foz do Iguaçu com crianças - Parte I

Pronta para o passeio pelo lado argentino das Cataratas

Dezembro de 2016 também foi a vez de conhecermos Foz do Iguaçu. Eu ensaiei várias vezes fazer essa viagem antes das crianças, mas sempre deixava para depois. No final das contas, se transformou em uma das viagens em que mais aproveitamos.

A curiosidade no Parque das Aves
Chegamos em Foz no período da manhã, após um voo direto do aeroporto Galeão no Rio. O voo da Gol foi meio tenso, pois não dormimos bem, acordamos muito cedo e as meninas estavam meio enjoadas. Pegamos um táxi até o primeiro lugar onde nos hospedaríamos. Dividimos nossa passagem pela cidade em duas etapas: 4 diárias no Tetris Container Hostel e mais 3 diárias no Mabu Thermas.

Bê e o mascote do Tetris
Escolhi o Tetris para a estréia das gêmeas e também da minha mãe no mundo dos albergues, principalmente por se tratar de um hostel peculiar: sua construção é feita de containers. Ele fica bem localizado em Foz, oferecendo fácil acesso ao centro e à Avenida das Cataratas (caminho para várias atrações). Há mercado, restaurantes e lanchonetes próximos e o bairro em si me pareceu seguro e tranquilo. Também encontrei com facilidade farmácia e lavanderia na região.

  


Chegamos ao Tetris cerca de 10:30, ou seja muito cedo para entrar no quarto privado (para quatro pessoas com cama de casal e uma beliche) com banheiro que havíamos reservado. Fizemos check in e deixamos as malas. Ainda ficamos um tempo descansando na recepção. O pessoal do hostel nos recebeu muito bem e as meninas se ambientaram facilmente, brincando com os cachorrinhos que estavam por lá. 
Parque das Cataratas (lado brasileiro)

Posto de entrada de uma das trilhas especiais

No segundo dia, após o café da manhã no hostel, fomos com ônibus comum até o Parque das Cataratas, no lado brasileiro. Compramos os tickets na hora, nas máquinas da entrada, passamos na lojinha e fomos para a fila para pegar o ônibus que circula e para nos pontos de visitação. As duas primeiras paradas dão acesso às trilhas especiais e as duas últimas à trilha para as cataratas em si e ao elevador panorâmico. 

Primeira vista

Descemos com as gêmeas na penúltima parada (em frente ao Hotel que fica dentro do parque) e fizemos com elas a pé toda a trilha. Há pequenos degraus de trecho em trecho que dificultariam a ida com carrinho de bebê. Com crianças menores, recomendo fortemente sling ou cangurú. Com crianças maiores, a trilha é uma ótima pedida com grau de dificuldade leve. Já com crianças na faixa da gêmeas (2 anos), a alternativa vai ser o revezamento de colo pelo menos em algumas partes da trilha. Em alguns momentos ficou cansativo devido ao grande número de pessoas e ao fato das meninas pedirem colo, mas foi viável. Conseguimos chegar ao final com uma pausa para descanso. As vistas que se tem ao longo do caminho são inesquecíveis!


Nenhuma foto traduz o impacto de estar frente à frente com essa maravilha. Ao término da visita (que durou toda a mnhã e avançou um pouco a tarde), decidimos aproveitar a proximidade e visitar o Parque das Aves. Um fica ao lado do outro. Achei o Parque um deslumbre e as meninas adoraram. Só senti falta de ter levado o carrinho pois é bastante grande e ao final da visita se tornou cansativo dar um colinho eventual. Voltamos de táxi para o hostel (50 reais) pois o cansaço bateu em todo mundo.


 

Nos dias seguintes nos organizamos para uma passagem pelo centro da cidade (momento de resolver algumas questões burocráticas), fazer o tour até o lado argentino das Cataratas (contratado com a empresa Loumar) e visitar o Museu de Cera e o Parque dos Dinossauros.

Nosso guia (chileno) pela Loumar Turismo

O destaque fica, é claro, com as Cataratas Argentinas. Foi um passeio de dia inteiro, sem intercorrências. A Loumar passa para pegar no hotel, com guia. Estando com crianças, facilita muito na imagração ir com o tour. O parque do lado argentino é bastante acessível, sendo possível alugar carrinho na entrada do parque. Cada carrinho custou 200 pesos, sendo mais 200 deixados como calção e devolvidos na entrega. No lugar do ônibus que deixa nos pontos para trilha, o lado argentino tem um trenzinho. A espera longa pelo trem na ida foi o maior desafio enfrentado. Gostamos muito do passeio que incluiu a trilha até a Garganta do Diabo, almoço e até um sorvetinho enquanto esperavamos a chuva passar e o horário de ir embora. Deixamos de fazer uma das trilhas apenas pois ameaçava chuva, que não tardou a cair. A visita é um espetáculo e novamente, nenhuma foto ou vídeo traduz o impacto de ver aquela quantidade absurda de água caíndo. Achei que vale muito à pena ir com crianças de qualquer idade. Só não pode esquecer dos documentos necessários para atravessar a fronteira. É bom lembrar que, no caso da crianças estar viajando com apenas um dos pais, será necessário apresentar um documento que autoriza esse responsável a sair do país sozinho com o filho.


Já o centro de Foz não apresenta grandes atrativos, mas não chega a ser desagradável. Não vi muita graça no Museu de Cera e achei uma atração bem cara pro que é. O Parque dos Dinossauros por sua vez foi bem legal para as meninas, que ficaram divididas entre o encantamento e um pouquinho de medo.






Destes primeiros dias, eu destacaria como opções de alimentação o food truck em frente ao Museu de Cera. Sanduíches delicioso, embora um pouco caro. Almoçamos e jantamos algumas vezes no restaurante do supermercado Mufato próximo ao hostel. Também adoramos a comida e o ambiente do Empório com Arte, além do atendimento simpático e atencioso.

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